1. |
rindo até morrer
04:51
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sobre a luta nossa visão se constrói.
o real nos doerá para sempre…
mesmo não sentindo,
mesmo não fazendo sentido.
quanto tempo leva para se acostumar a dor causada pelos cortes de palavras concretas na carne viva?
até quando abdicar de uma vida sem gosto,
de uma vida sem vida,
será abraçar o isolamento?
destruo o chão onde piso,
ladrilhos brancos,
recentemente limpos (eu vi, alguns ainda estão encardidos de sangue),
por isso agora tudo me dói
a ruptura é dolorosa
abrir mão da segurança de muletas podres
do medo do ceticismo ao projeto perfeito
(projeto civilizatório da humanidade)
mas nunca encontrei tanta diversão rejeitando
os seus troféus,
seus valores,
e suas tradições,
então cada sorriso meu é uma má notícia para vocês!
a piada mais poderosa que já ouvi
a bomba mais espontânea a explodir
espero estar rindo até morrer!
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2. |
água
06:25
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essa cidade,
tal como a temos criado…
não tem lugar para mim
e não há lugar para outros iguais a mim
a natureza que nos provem doces chuvas
que molham os justos e os pecadores
talvez tenha buracos em suas rochas
onde talvez eu possa me esconder
entre seus vales quietos e secretos
onde poderei chorar sozinho
haverá estrelas pelas noites
para que eu possa andar sem tropeçar pela escuridão
a natureza fará o vento soprar
e assim, apagar minhas pegadas
para ninguém seguir meu rastro
e me machucar de forma alguma
ela irá me purificar com as suas águas grandiosas
e irá me curar com suas ervas amargas
machucar novamente
retornar ao ventre
reagrupar meus destroços
Livre adaptação do poema de Sebastian Melmoth.
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3. |
coreografia
05:20
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seqüências e gestos previamente organizados
de forma gentilmente familiar
repetidas por prazeres projetados paisagísticamente
quem aqui é um estranho?
a quem você está mentindo?
ninguém aqui quer ver sua ruína.
aquele que você não vê poderá muito bem causar sua queda...
repetimos por sinais e gestos,
e a linguagem é perdida em miríade.
alguns meios foram delimitados
alguns fins verificados…
…os anos 50 já nos avisaram
e os anos 90 já o fizeram comercializável.
o que é meu,
o que é comprado,
o que é aprendido,
o que é perdido,
o que é coercivo,
o que é disfarçado?
se está tentando me dizer que não sou,
você também o é,
tão desconstruído...
levante-nos…
reafirmação,
auto-certeza,
malícia ou desprezo?
destruindo para reconstruir,
auto-destruindo para renascer.
e se esse será o meu mundo,
que ele cresça em chamas.
então toque tudo, cheire tudo, teste tudo.
seja um demônio inquieto com centenas de braços
vasculhando todo canto/lugar.
...ponha tudo de cabeça para baixo
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4. |
escape from babylon
08:20
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the whore babbled “Babylon is falling… take cover. take shelter.”
take cover under the tallest willow tree
where broken lovers lay
choked on empty promises
but the tree can’t bear the weight of hopelessness
take cover, take shelter
corram para as margens do mar vazio
onde sonhadores esperam
acordados por sonhos burgueses
mas o mar engoliu o último dos trovadores
take cover. take shelter.
fujam para a floresta invertida
filled with desperate circus clowns
down with Prozac and lullabies
mas com o desejo do enforcado toda a floresta se queimou
take cover, take shelter
the whore babbled Babylon is falling
Babylon is falling
Babylon fell!
“when the Moon is in the seventh house
and Jupiter aligns with Mars
then peace will guide the planets
and love will steer the stars”
so let’s build our sanctuaries
and erect our glorious monuments
ride our beautiful spaceships
into the open yellow sea
so let us celebrate our glory
and march over their heads
so let us anticipate the joy
so let us live through the romance
Babylon fell!!!!
and hooray! to the whore
hooray! hooray!
she was the first and the last
to bear witness to the fall
so goodbye Babylon
goodbye Babylon!
your shackles and your tears
will never bind us again
a poesia do caos é o renascimento da imaginação
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